terça-feira, 28 de novembro de 2017

Revisão

Ontem foi dia da primeira revisão. A revisão dos 3 meses. Em tempo de gente. Em tempo de carro não sei. O meu conta quilómetros deu o berro há já um tempo.
Não me alinharam a direcção nem afinaram o motor. Foi uma pena. Ando mais desalinhada que as camionetas da Transportes Sul do Tejo que faziam a ligação Lisboa-Monte Caparica nos meus tempos de faculdade.
As juntas empenaram com a hormonoterapia. Diz que é normal. Estou prestes a dormir com uma lata de WD 40 na mesa de cabeceira para colocar nos joelhos e mãos, logo pela manhã.
Pelo menos o motor está bom e tudo indica que os malvados cancros descansam no caixote do lixo para nunca mais voltarem.
As revisões antecedem-se sempre de um nervoso que vai do miudinho ao mais graúdo que o bacalhau dos mares do norte. Na nossa cabeça haverá sempre algo para nos deixar alerta. O cancro quando de apespega é muito difícil de descolar. Qualquer dor, inchaço ou prurido são motivos para soar a campainha vermelha na nossa mente. Alerta! Alerta! O cancro voltou! (Não voltou nada!) Lá no fundo sabemos. Mas ficamos formatadas para o alerta. Nada a fazer senão aprender a viver com este novo cérebro, formatado para "panicar" por tudo e por nada. A ser, que seja por nada.
Daqui a três meses volto à revisão. Espero nessa ter direito a tratamento completo. É que não me quero arriscar a chumbar na inspecção 😳.

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