terça-feira, 5 de junho de 2018

CÚ-CÚ! ESTÁ ALGUÉM AÍ?

CÚ-CÚ! ESTÁ ALGUÉM AÍ?
Se há coisa pela qual eu não sou conhecida é por ser alguém que ande em linha recta. Depois do cancro fiquei ainda com maior tendência para traçar o meu caminho entre em curvas e contracurvas apertadas.
E por isso estou de volta!
Em Dezembro de 2017 fiz aquele que seria o derradeiro post do blog. Ia começar a minha nova vida, regressar ao trabalho e voltar a ser o que era. E ia deixar-me destas coisas de estar agarrada ao cancro, soltar as amarras que me prendiam a ele. Quem sabe poderia nesta nova vida fingir que nada se tinha passado. E de tanto fingir quem sabe passava a acreditar.
Mas no momento em que carregava no botão “publicar” daquele que seria o texto de encerramento deste cantinho senti um friozinho no coração. Assim como de quem perde algo de que gosta muito.
Seis meses depois percebi que afinal o cancro se atracou em mim, provavelmente com recurso àquela cola especial que até cientistas cola ao tecto. Não o cancro propriamente dito (cruzes canhoto!), que esse recebeu ordem de despejo sem retorno, mas a necessidade de falar e escrever sobre esta doença que todos os dias decide entrar sem convite na vida de outro alguém.
E ontem recebi uma mensagem que me fez finalmente assumir a vontade de regressar que durante este tempo se escondeu envergonhada. Recebi a partilha de alguém a quem os meus escritos atabalhoados foram uma mensagem de esperança.
Se posso desta forma dar um sentido a tudo isto, tanto para mim como para os outros, porque não continuar? Assim, hoje foi o dia em que desisti de desistir. Vamos lá ver até quando (já vos disse que não sou de andar em linha recta?)
Por isso apertem os cintos que aqui vamos nós outra vez!Espero que me queiram de volta e me acompanhem de novo nesta viagem!

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